terça-feira, 28 de setembro de 2010

Vazio significante

Nada útil me vem na cabeça. Nada pra dizer. Nenhum pensamento sequer. Nem o fútil me movimenta. Nem isso. Todo vazio está aqui. Todo o nada que diz tudo. Aquele vazio significante. Aquela falta do que faz falta. A saudade do que está ausente. A ausência que se percebe. Mas onde está essa coisa que me faz pensar isso tudo? Antes, o que é isso? Sinto uma vergonha por não conseguir dizer. Mas eu sinto (mesmo que seja o vazio), só não consigo dizer. Não sou covarde por não dizer. Seria se sequer desejasse, pensasse, quisesse. Só não digo. Porque não quero, porque tenho medo, porque sou covarde. Pelo menos agora eu já penso algo: há o vazio em mim!

domingo, 26 de setembro de 2010

As distâncias entre mim e você(s)

Parece que há um abismo em minhas relações às vezes. Noto uma falta de diálogo, um silêncio perturbador, que mata, mas contra o qual ninguém faz nada - nem eu mesmo.
Aquela coisa de "algo não está bem", mas "não vou mexer nisso". Pra que resolver algo que não está bom? Não está bom, algo me incomoda, mas tudo bem... Melhor deixar assim. Dialogar dá trabalho, me expõe e pode me indispor também...
Algumas mudanças de hábito implicam em mudanças não apenas na minha vida, mas podem refletir nas minhas relações. Aí é que a coisa pega: como assim você mudou comigo? Por que não mais isso, não mais aquilo? Por quê? A questão é que nem sempre esse questionamento ocorre de fato, fica tudo talvez insinuado, talvez subentendido. Há, na verdade, uma ideia de abandono, de pouco caso; mas não se trata disso, trata-se de uma mudança de comportamentos meus. Todo o amor que sempre houve continua existindo. Há tantos momentos para recordar, tantos abraços compartilhados, enfim...
Dizer que eu sumi é fácil, mas só eu sumi? Eu continuo com o mesmo número de telefone, moro na mesma casa, tenho o mesmo e-mail e o mesmo MSN. Sem essa!
Às vezes eu me perco em mim mesmo, tamanho é o emaranhado de pensamentos, de confusões e de tentativas de soluções que tenho na cabeça. Mas é tanta coisa que não sei o que fazer com tudo isso na maioria das vezes.
Eu quero estar aqui, ou ali, ou aí, ou quero não estar em lugar algum. Eu posso querer ou não querer isso ou aquilo. É a minha vontade. E isso não diminui em nada os sentimentos que trago dentro de mim. Em nada, repito!
Algumas mudanças ocorrem naturalmente me nossa vida. Outras, nos são impostas por N motivos. Outras, ainda, são exigidas para nossa sobrevivência. É uma questão pragmática: contextual (pessoas, lugares, momentos, intenções).
Acabo por aqui hoje, tendo me expressado como já deveria ter feito antes.

sábado, 25 de setembro de 2010

Tantas vezes eu fantasiei um amor

 Tantas vezes eu fantasiei um amor. Criei uma ilusão, uma imagem falsa, não era real. Mas parecia. Tantas vezes eu amei, amei um amor real. Mas o que vinha do outro lado é que era a minha ilusão. Minha, porque eu é quem me iludia. Acho que interpretei as coisas como eu queria que elas fossem, me esquecendo de que elas poderiam não ser o que queria. Parece complicado? Naquelas horas parecia. Mas agora está mais claro tudo. Não procuro culpados, não procuro punições. Os desacordos da minha experiência é que são meu combustível para muitas ideias novas. A partir do que deu errado eu crio, recrio novas fantasias de amor. Não busco nada tão sofisticado, nem tão simplório. Não quero nada muito além de mim, nem aquém. Não quero muito, nem muito pouco. A não ser amor, que eu quero intenso, vivo, latejante dentro de mim. Esse pulsar de vida que sinto e que me deixa com esse sorriso agora é o que eu quero todos os dias, porque é lindo acordar com esse sorriso. É lindo acordar fantasiando um novo amor e, enquanto não me dou conta de que é uma ilusão, me parece inteiramente real. Me encho de vontade de vivê-lo.

Em sintonia comigo, Paulo Ricardo (música AQUI):


Onde está o meu amor
Paulo Ricardo

Onde está o meu amor?
Quem será, com quem se parece?
Deve estar por aí
Ou será que nem me conhece?
Onde andará o meu amor?
Seja onde for irá chegar
Onde está o meu amor?
Que será que ele faz da vida?
Deve saber amar
E outras coisas que Deus duvida
Corre, se esconde
Finge que não,jura que sim
Morre de amores aonde
Longe de mim
Onde está o meu amor?
Leve envolto em tanto mistério
Deve saber voar
Deve ser tudo o que eu espero
Onde andará o meu amor?
Seja onde for eu sei que vai chegar
Corre, se esconde
Finge que não, jura que sim
Morre de amores aonde
Longe de mim
Aonde está o meu amor?
Deve estar em algum lugar.

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