segunda-feira, 24 de maio de 2010

Uma poesia minha

Arrependido...


Agora penso em tudo que perdi,


Nos beijos que não pedi

E no amor que não vivi.

Agora vejo o quanto seria feliz

Se estivesse ao teu lado

E o quão seria bom

O nosso amor de namorado.

Agora acho que é tarde

Pra te reconquistar

E tentar nos amar

Num amor de verdade.

Mas acho que foi bom

Eu dar tua liberdade

Para agora eu dizer

Que estou com saudade.


*****

Parei pra pensar. Há quanto tempo não fico com alguém? Não muito... E um namoro? Aí é outra história.
É tão fácil arrumar alguém pra ficar, pra curtir um momento, mas somando todos esses momentos, o que eu construo? Nada tão concreto. Viver esses momentos de prazer, essas horas de curtição, isso é legal. Mas não dura mais que o tempo daquele momento. Não cria intimidade essa rapidez. O conhecer é pulado. O conversar é o de menos.
E eu estou tão embriagado por essa efemeridade sexual que me esqueço do principal: amar. Porque o amor não acontece no primeiro encontro. Nem no segundo. O sentimento vai acontecer no encontro que persistir. É tão bom conquistar, conhecer, surpreender... E eu acho que não estou conseguindo me conduzir no caminho que eu mesmo busco: o do amor. Fiquei tão envaidecido, tão imerso nas pulsões sexuais, que me esqueci que nem todo mundo se comporta desse jeito. Ainda há pessoas que procuram mais do que um encontro sexual. É estranho admitir isso, mas eu sempre procurei um amor. Ao mesmo tempo, sempre me entreguei a esses encontros casuais na falto do amor. Alguém explica?
Talvez Freud diria que todos nós devemos colocar nossas energias em algo, em alguma busca. Já disse no post que falei da Dani que "
Para Freud, o desejo é um movimento do psiquismo que tenta reconstruir as primeiras cenas da satisfação das necessidades básicas: troca de fralda, mamar etc. O desejo está relacionado ao traço dessas memórias. Ao longo da vida, sempre buscamos trazer de volta essa cena de conforto, de satisfação inicial, de prazer - no sentido de liberação de tensão".
De algum modo, eu procuro liberar minha tensão na busca do amor mas, na sua falta, eu me entrego ao casual. Não acho que esteja errado, só queria essa plenitude de outra forma. Do mesmo modo como eu já estive um dia: cheio de amor.


7 comentários:

  1. Meu amado Will,

    Amei o poema. Claro q chorei, pois ele veio ao encontro do meu coração e disso vc sabe bem...

    “ Nos beijos que não pedi

    E no amor que não vivi.”

    Will, fiquei sem fôlego com este trecho e com um medo de não viver, se é q me entende. Não ter vivenciado o amor por medo é pior do que não ter vivenciado por uma rejeição. Ai q dor...rs

    “ E eu estou tão embriagado por essa efemeridade sexual que me esqueço do principal: amar.”

    Talvez, vc esteja tão embriagado assim de sexo, porque os corpos se entendem facilmente, é mais fácil o sexo, sempre. Tá certo q é mais fugaz, mas menos dolorido. O amor mexe com a alma, valores, conosco ou seja, com todo nosso repertório de mundo, e, principalmente, com aquilo q faz a gente ser a gente. Então ai entra outro problema à auto-aceitação. O amor dá trabalho, pois é preciso muita disposição para rega-lo, muita paciência e tolerância, pois aceitar o outro é a maior forma de amor q conheço. Aceitar e não querer modificiar. Aceitar mesmo. Talvez a maior declaração de amor q poderíamos pensar em ouvir: Eu te amo como es. Imaginou? Ai Difícil...porque sempre na primeira crise a maioria pula fora do barco. E ficamos nós perdidos no meio do mar, a deriva com nosso barquinho a remo. Difícil...
    Vc não esta errado em sua busca constante pelo amor. Vc é como eu...Tá certo, bem mais corajosa e sensato. Mas, quer tanto quanto eu o sentimento te embriagando. Cuidar e vivenciar.
    Talvez, já tenhamos isso. Sua amizade me proporciona todo amor q desejaria. Mas, não nos satisfazemos porque falta o amor erótico. Difícil...rss
    Adorei o texto. Vc escreve muito bem. Vc é meu amado!
    bjos

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  2. Adorei a bio...Mais medroso q conservador. Será?
    Acho vc tão corajoso. Acho mesmo. :)

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  3. Dani,
    Realmente, deixar de viver por medo é pior do que por rejeição. Afinal, amor tem que ser um diálogo: alguém ama e é amado. Se não for amado, nada existirá. Agora, deixar de saber como será esse possível amor é viver essa eterna paixão, esse eterno sofrimento de não sabe o que está no coração do outro...
    É mesmo mais fácil pular fora do barco na primeira crise e deixar o outro à deriva (que metáfora linda que vc construiu!!!).
    rsrsrs é, nos falta o amor erótico... mas é melhor assim, pq correríamos o perigo de ver um dia o tesão acabar hehehehe
    Sou corajoso em muitas coisas. Mas medroso em algumas outras.
    bjokas

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  4. Que poema Lindo Will Parabéns

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  5. Poema Lindo maninho... digamos que em muito parece com que ando vivendo... você sabe bem né....
    Bjs.
    Sua Mana Carol....

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  6. Carol-linda, obrigado pela visita.
    Bjokas

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