segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Único

Hoje me percebo com os cabelos rebeldes. Esses fios emaranhados quando olho no espelho. Terei eu me esquecido de me pentear antes de sair de casa? Ou estarei eu me vendo de algum outro modo hoje? Como um bagunçado, relaxado, barrigudo, feioso? Como um cara pouco desejado, sem sexy appeal? Devo ser eu um cara tão desinteressante assim, nunca paquerado, sem chance alguma de ser amado e de poder amar. O que deveria eu fazer, então? Ir pra academia, fazer parte da massa que busca um corpo sarado, estar na moda do tanquinho. Ou então eu devo cortar o cabelo curtinho, passar gel, com ares de meninão. Acho que devo parecer um idiota em busca desse algo a mais. Mas não sou um idiota. Acredito que devo parar de pensar nisso dessa forma e me aceitar como eu sou, como eu quero ser. Não preciso estar/ser/parecer como querem que eu esteja/seja/pareça. Devo ser eu mesmo, sendo apenas eu mesmo. Ego. Eu. Meu. Não sou fruto da indústria em série, por que então ser igual aos industrializados? Num mundo de tanto consumo, é difícil verificar minha própria identidade, exatamente por ela dizer respeito ao meu ego, ao meu eu, meu. Não o dos outros. Não o que os outros querem. Não sou industrializado, sou como um obra de arte: único!

3 comentários:

  1. Vc é único mesmo. Singular!
    Minha obra de arte. :)

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  2. Mas obras de artes às vezes são modificadas involuntáriamente.

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  3. As mudanças são na verdade interpetrações a que a arte está sujeita...

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